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RIPPER

A III Edição do Festival Foto BSB presta uma homenagem a João Roberto Ripper (Rio de Janeiro, 1953). O fotógrafo, documentarista e humanista Ripper tem sido reconhecido como um dos principais expoentes da fotografia documental humanitária no Brasil e internacionalmente.

Compreender a urgência de uma multiplicidade de perspectivas e narrativas sobre a história, a partir de diferentes lugares de fala, ao propor esta homenagem a Ripper, também buscamos trazer um pouco de sua visão e abordagem.

Sua obra educativa e informativa é distintiva por sua capacidade singular de sensibilizar, apresentando uma perspectiva profundamente humana e delicada, sempre dedicada a serviço das pessoas e comunidades que retrata.

Sua extensa carreira tem sido marcada por denúncias de situações de trabalho escravo, apoio a causas sociais e pela amplificação das vozes das comunidades tradicionais, originárias e periféricas, proporcionando novas formas de olhar.

Ripper retrata os fazeres na busca pela quebra de estereótipos, confirmando a importância de destacar a beleza que existe no difícil cotidiano.

Nos anos 90,  trabalhou ao lado do Ministério Público e da Organização Internacional do Trabalho (OIT) denunciando casos de trabalho escravo em minas de carvão e documentando a luta dos indígenas Guarani Kaiowá por direitos básicos.

Atualmente, é reconhecido por seu trabalho na mudança da percepção das favelas cariocas. Como um dos fundadores da Escola de Fotógrafos Populares, ele forma profissionais das comunidades do Complexo da Maré em fotografia e jornalismo. 

A fotografia do “Bem Querer”, de Ripper, sempre surge de uma construção coletiva com as comunidades, povos e indivíduos que ele fotografa. Ao longo de mais de uma década, o fotojornalista convida os participantes a explorar a importância da comunicação na fotografia documental humanista. A técnica da fotografia compartilhada, seu método de trabalho, permite que os sujeitos fotografados participem da edição do material final, podendo até mesmo excluir fotos dos arquivos brutos. Ripper também é autor de dois livros: “Imagens Humanas (2009)” e “Retrato Escravo (2010)”.

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